segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL DE UM BEIJA-FLOR


Ontem, na varanda do apartamento,
apareceu um beija-flor maluco,
querendo beber o néctar
de uma lâmpada do pisca-pisca da árvore de Natal.
Provou uma, provou outra e se foi
com o bico seco.

O beija-flor errou a flor
mas acendeu em meus olhos a luz da esperança
ao bicar a esperança de luz da árvore de Natal.

Carlos Gildemar Pontes

** O autor é paraibano e nos presenteia com este mimo, que compartilho com os amigos do blog.

domingo, 27 de novembro de 2011

UMA VOZ SE ALEVANTA

SAIU NO JORNAL ESPANHOL - EL PAÍS.


“Que país é este que junta milhões numa marcha gay,
outros milhões numa marcha evangélica,
muitas centenas numa marcha a favor da maconha,
mas que não se mobiliza contra a corrupção?”


Juan Arias, correspondente no Brasil do jornal espanhol El País


Triste ler isto, escrito por um estrangeiro, que, com toda propriedade e elegância, pôs o dedo em uma ferida que nós brasileiros não queremos ver.

Vamos nos mobilizar ao menos virtualmente e espalhar esta frase para nossos contatos?

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

OBSERVAÇÕES DE UM FÍGADO


Andando, olhando, vendo, percebendo o cotidiano em mim mesma, quantas mudanças diárias ocorrem em nosso corpo, imperceptíveis, silenciosas, aparentemente invisíveis!
Células se renovam, umas morrem, outras se refazem, a pele afina, preciso de mais hidratação; os pés também dão sinal de secura, os cabelos ora brilhantes, ora opacos...
Isso por fora! E por dentro?
Ao comer, ao mastigar, ao engolir, sentir a receptividade ou rejeição do estômago, como está o fígado? Sensações de inchaço, de volume desajeitado, estranhamente!!!
A médica pede uma ultrassonografia do abdomen total. Constata-se uma camada adiposa, é assim mesmo?
A profissional experiente interliga as funções hepáticas respiratórias e visuais, num triângulo impensado. Recomenda uma fórmula do Weleda, para combater a gordura no órgão de tão grande importancia ao funcionamento pleno do corpo. Comenta que precisa "ver o que está por trás" da gordura.
Alguns meses depois, ela pode visualizar e por fim, respiramos aliviadas com os bons sinais de restauração.
Olhar, ver, perceber os sinais e agir na hora certa.
Tempo de permanente gratidão à vida e todas as possibilidades de bem viver, entre familiares, amigos, aromas, gentes, brisas, mares, montanhas, cidades, surpresas e soluções.
Olhar, ver, perceber, traduzir o pensar em ação!
Feliz novembro!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Ler ou não ler, eis a questão!

Manhã com um tico de sol, lá vinha eu da hidroginástica, com uma amiga! Ao fazer o gesto de atravessar minha rua, na esquina estava um homem com uma vassoura na mão, acabava de limpar a calçada do edifício e conversava com outro homem, mostrando um letreiro:

- .... não sinhô, não consigo ler, não! Veja aquela palavra ali! Conheço o P, conheço o E, conheço o R.... ..... mas não leio, não leio de jeito nenhum. Fico olhando e querendo entender.....

Vi a cena, algo surreal. Ele de camisa rota, o outro bem ensacado, nós soltinhas na rua. Paramos.

E ele agora sentia mais gente pra ouvir. Estava engasgado, porque todos os dias via palavras nas suas ventas, e nada entendia.

Tinha ido a escola, conhecia as letras, mas de nada adiantava. Podia até votar, sinsinhô, mas ler não conseguia!

A palavra era grande, uma placa no prédio, placa de empresa de segurança (!) e o nome era PERIMETRO.

Então, não resisti e me pus a brincar com a palavra junto com ele. Perguntei se conseguia ver o final da palavra. Ele soletrou o METRO.

- E metro o que significa, o que lhe diz?

Ele brilhava os olhos na esperança.

Continuei...”metro” pra que serve?

E ele:

- Metro sinsinhora, serve pra medir.

- Pois então...é medida... medir, tomar as medidas, sabe ?

- Isso eu sei sinsinhora”!

Com jeito de duas velhas irmãs, ficamos ao lado dele. Vamos ver o resto da palavra:

Vasculhamos o PERI... e nos pusemos a fazer círculos no chão: isto é “em redor”. E traçamos linhas imaginárias, falamos do pneu dos carros, da bicicleta...

Ele mais olho brilhava, mais espantado ficava.

MEDIDA EM REDOR....

Eita palavra fácil para um brasileiro comum, de vassoura na mão. Uma matemática de fazer doidos.

Ele ficou muito agradecido, sacudindo a vassoura em sinal de felicidade.

Então, apontou outras palavras das lojas do prédio,

palavras em pedaços de inglês de esquina, pra atrapalhar os mais nobres trabalhadores brasileiros, de vassoura na mão, balbuciando sílabas sem sentido, num verdadeiro festival expondo a des-educação vivenciada nos bancos da escola!

Fomos saindo, sem antes desejar bom dia e que ele não se agoniasse, porque tinha muita palavra estrangeira nas placas.

Perguntinha para prefeitos, governadores, secretários, ministros, vereadores, deputados e senadores:

- São estes os alfabetizados que constam nas suas planilhas de governo?

Tamos mal! Vamos chamar Paulo Freire, Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro de volta?


terça-feira, 7 de junho de 2011

Um exemplo de Vida


Conheci Mãe Grossa, batizada Maria Porfíria, há 8 anos. Anciã Potiguara da Aldeia Forte, estava sempre com um leve sorriso nos lábios, os olhinhos atentos, os braços prontos para um abraço, uma bênção aos netos, bisnetos, tetranetos, sobrinhos de todas as idades. Crianças entravam e saíam de sua casa simples e alegre. Quando se dançava na oca, o simples toque do bombo a fazia vibrar. Cantava leves canções, balbuciava rezas, dedilhava o terço enquanto o olhar parecia vislumbrar um paraíso presente, futuro ou passado. Jamais dizia palavra grosseira, ou expressava reclamações. Satisfeita de viver, Mãe Grossa partiu esta semana para outro plano de vida. No dia 6 de junho, amanheceu de olhos fechados, rosto sereno. A aldeia se mexeu por inteiro. Aliás, as aldeias se mexeram, toda Baía da Traição se moveu para se despedir daquela que lhes deu um exemplo de sabedoria e tolerãncia. Quando me chegou a notícia, arrumei minha mochila costumeira e segui o caminho pra aldeia. O ritual de despedida durou 24 horas: entre rezas, leituras, gestos, visitas silenciosas, canções em ritmo de toré, com maracas, bombo e pífano, . Parentes chegaram de longe e de perto. Enquanto um grupo de mulheres sobrinhas, netas cuidavam da cozinha e davam assistencia a Manuela, que a assistiu por muitos anos. As filhas Nanci e Chiquinha pareciam desoladas, enquanto sabiam no fundo que a mãe estará presente para sempre. O discurso de D. Nanci, ao se despedir, foi taxativo: uma mãe perfeita, uma amiga perfeita, uma mulher sem defeito, paciente, consciente, fraterna, amorosa. A imensa geração que deixa, nos seus bem vividos 101 anos, terá a missão de dar continuidade a tantos admiráveis atributos de Maria Porfiria Santana Cassiano.

quinta-feira, 17 de março de 2011

UM FLORAL ESPECIAL

Como psicoterapeuta, além de viver e tentar enfrentar de todas as formas minhas próprias dificuldades; preciso ainda, propor/sinalizar saídas honrosas para as pessoas que me procuram em momentos de desafios. Há 25 anos atrás encontrei na terapia com flor...ais um ótimo auxiliar nessas lutas, nesses enfrentamentos, nessa guerra em busca de uma melhor qualidade de vida, de um aconchego nesse perigo que muitas vezes pode significar viver. Há um ano e meio venho pesquisando uma planta muito especial que vive nos desertos. Essa em especial que vou relatar suas propriedades terapêuticas, eu importei do Deserto de Israel. Ela é chamada de Rosa de Jericó-Anastatica Hierochuntia-. Ela é uma planta que possui um sensor interno altamente desenvolvido para detectar presença de água, nutrientes para sua sobrevivência. Quando ela percebe que a água está escassa e sem previsão de aparecer e que as condições ambientais não estão favoráveis para a sua vida; ela se desenraiza, se enrola em formato de uma bola e torna-se totalmente vulnerável aos ventos do deserto para que a levem para algum lugar propício. Quando ela sente que o lugar que ela aportou tem condições de umidade e sobrevivência compatíveis com suas necessidades, ela começa a florescer novamente , como num renascimento, um recomeço, um reset, uma ressureição. Ela se enraiza novamente, se abre, deposita suas sementes que germinam. Se o sensor da planta depois de um tempo, perceber que ali ainda não é o melhor para seu pleno florescimento; ela repete o processo de desenraizar-se, de enrolar-se com uma bola, de morrer e entrega-se novamente aos ventos do deserto até encontrar o seu lugar de encaixe, seu melhor habitat. Essa planta pode ficar 30 anos morta e se fôr devidamente umidificada, renasce. Caso vc queira ver num filminho, o processo dela renascendo acesse o site www.hercolesjaci.wordpress.com e procure Rosa de Jericó e saboreie mais essa benesse da natureza. Nesse site indicado também você poderá saber mais o que pode ajudar o floral e o óleo terapêutico preparados com uma planta com uma vivência tão rica, o quanto ela pode nos emprestar essa bagagem de experiências e através de suas medicações podemos experimentar essa energia. Para quem mora em Belo Horizonte você pode encomendar o floral já manipulado na Homeopatia Germinare-telefones: 31-3261.3835/31-3261.2662. Para quem mora no Rio na Homeopatia Quintessência-21-3868.6868. Para quem mora em Salvador: Farmácia Erva Doce da Pituba. Mas caso vc queira ter a essência-mãe para manipular ou adquirir o óleo contate os Florais da Terra no 31-2535.7979 ou pelo e-mail floraisdaterra@yahoo.com.br Um abraço e que a energia da Rosa de Jericó possa ajudar a você ou a quem necessite ser auxiliado nesse momento. Hércoles JaciVer mais

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011